sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

História da música: Pink Floyd


Não podia deixar de trazer aqui um dos grupos que mais me influenciou musicalmente, podendo-o até considerar como um grande marco de paragem na minha evolução pelo gosto musical…

Desde o seu início, enquanto pioneiros do psicadelismo nos anos 60, até se tornarem numa das maiores bandas de rock nas décadas de 70 e 80, os Pink Floyd disfrutaram sempre de enorme credibilidade. O seu ábum “The Dark Side Of The Moon”, de 1973, foi um dos discos mais vendidos de sempre (25 milhões de cópias em todo o mundo, até hoje, permanecendo um tempo recorde de 566 semanas no top 200 da revista Billboard). Mas este foi apenas um dos seus vários números um , tanto no Reino Unido como nos Estados Unidos, graças à sua fusão bem sucedida de blues, ambient e rock futurista.
Formados em 1965, na Escola de Arquitectura de Londres, pelo baixista e compositor Roger Waters, pelo baterista Nick Manson e pelo teclista Richard Wright, os Pink Floyd só começaram a construir uma reputação considerável quando o guitarrista Sid Barret a eles se juntou, um pouco mais tarde, mas ainda nesse ano. Barret, em apenas quatro anos de Pink Floyd, torna-se uma figura lendária do pop e um dos verdadeiros iconoclastas do rock n’roll, compondo o material mais psicadélico e imprevisível do grupo.
Barret deixa os Pink Floyd em 1968, devido a problemas relacionados como o consumo de drogas, depois de ter escrito a maioria das canções do álbum de estreia, “Pipper At The Gates Of Dawn”. David Gilmour é o escolhido para ocupar o lugar deixado em aberto, desenvolvendo também ele um estilo muito próprio.

Os Pink Floyd editam então alguns álbuns considerados menores e bandas sonoras no final da década de 60. Até que, em 1971, lançam “Meddle”, um trabalho evocativo das suas jams sessions, já com aquela sonoridade etérea, que viria a ser a sua imagem de marca. Na ausência de Barret, Waters torna-se o


principal compositor e as sua perícia aumenta exponencialmente. Em dois curtos anos, da sonoridade intrigrante e desfocada de “Meddle”, floresce “Dark Side Of The Moon”, a obra-prima pop mais negra da década. Incluindo clássicos como “Money” e “Time”, o álbum é um sucesso tremendo, quer a nível de crítica quer a nível comercial (pese embora haja quem o considere o disco mais cáustico de todos os tempos).

O seu trabalho seguinte foi “Wish You Were Here”, em 1975, um álbum conceptual, tocante e complexo que prestava tributo a Barret, também ele líder das tabelas, quer no Reino Unido quer nos EUA. Segue-se-lhe “Animals”, em 1977, um álbum em que Waters nos oferece a sua perspectiva sobre a sociedade moderna. “The Wall” supera todas as expectativas e é considerada por muitos como a grande “obra-prima”. Na minha opinião é mesmo o “concept-album” melhor conseguido de toda a história do Rock. Na cabeça de Waters, “The Wall” era a barreira mental que este tinha de construir entre si e os seu público quando a
banda se apresentava ao vivo. 


Os Pink Floyd levam este conceito à letra em quatro concertos, em 1980 e 1981, de produção sumptuosa, nos quais, enquanto tocam, uma gigantesca parede é erguida, pedra sobre pedra, entre o grupo e os espectadores. O álbum gera um surpreendente hit-single “Another Brick In The Wall” (com um refrão controverso que ficou célebre: “We Don’t Need No Education”) que viria a dar origem a um filme realizado por Alan Parker, e com Bob Geldof.

Em 1982, o grupo começa a desmembrar-se. Wright abandona e, no ano seguinte, depois de editarem “The Final Cut”, é a vez de Waters deixar os Pink Floyd, por conflitos com Gilmour.

Mason e Gilmour resolveram então continuar o projecto Pink Floyd, mas não sem enfrentarem problemas legais entrepostos por Waters, em 1986, que alegava deter direitos sobre o nome do grupo. A alegação provou-se infundada e, em 1987, Wright junta-se de novo à banda, editando “A Momentary Lapse Of Reason” (que entra directamente para o terceiro posto da Billboard), ao qual se seguiu uma digressão mundial gigantesca. Após a edição, em 1988, de um disco ao vivo, “Delicade Sound Of Thunder”, estão vários anos sem gravar. Até que, em 1994, lançam “The Division Bell”, composto maioritariamente por

 

Gilmour e pela sua namorada Polly Samson. O álbum chega ao primeiro lugar nos EUA, apenas duas semanas depois do seu lançamento. Depois, a banda embarca em mais uma espectacular tournée, que seria depois documentada em mais um disco campeão de vendas, “Pulse”, de 1995, onde tocam o alinhamento completo de “Dark Side Of The Moon”.

No início de 1997, surgem rumores, que se revelariam infundados, de uma nova digressão dos Pink Floyd e, com ela, a já familiar especulação de que Waters se juntaria aos seus ex-colegas. Em 2000, surge mais uma edição desta banda histórica: “Is There Anybody Out There? The Wall Live 1980-81″, uma antiga gravação ao vivo.

Foi feito um novo resumo da carreira da banda no ano seguinte, em “Echoes – The Very Best of Pink Floyd”, onde para além dos grandes êxitos do grupo foi incluído o tema “When the Tigers Broke Free”, editado pela primeira vez em formato CD.

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