Então vamos falar a sério.
Vamos falar sobre um sistema que criou a falsa ilusão de ser igual ao sistema normal de ensino mas não o é. Vamos falar sobre um programa que criou expectativas aos seus “alunos” mas que o mercado de trabalho ridicularizou (com piadas como: “pois, o teu certificado deve ser das Novas Oportunidades” ou “olha este deve ter vindo das novas oportunidades”, etc.). Os motivos? Simples:
Falta de credibilidade por via de um gritante deficit de exigência. Serviu para maquilhar dados estatísticos mas não foi uma mais-valia para a esmagadora maioria. Depois, causou situações gritantes como estas:
‘Melhor’ estudante do País chegou à universidade só fazendo um exame e teve 20
Dirão alguns que estes são exemplos limite. Não, não são. São exemplos reais como certamente existirão bons exemplos. Mas tanto num caso como noutro são situações minoritárias. A maioria alinhou, inocentemente, num logro. Algo parecido com o mesmo embuste que levou o país a esta situação limite de endividamento: o acreditar que tudo é fácil, sem esforço e sem dedicação. A verdadeira desgraça nacional do mundo de fantasia das facilidades.
Pedro Passos Coelho teve a coragem de colocar o dedo na ferida procurando explicar que a ideia pode ser boa e até deve ser continuada mas mudando, necessariamente, de paradigma e impondo regras claras de exigência e credibilidade. As vozes puritanas que se levantam agora, são as mesmas que ontem gozavam com o CV dos trabalhadores oriundos das Novas Oportunidades. É a velha história das aparências e da hipocrisia. Pedro Passos Coelho disse em voz alta aquilo que centenas e centenas de empregadores, professores e outros profissionais o afirmavam em voz baixa. Limitou-se a dizer que o Rei vai nu.
Sacrilégio!
Nota: Os considerandos da U. Católica que o PS faz de conta que não viu, assim uma espécie de “fazer de morto” no que não lhe interessa:
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