quarta-feira, 30 de maio de 2018

Concurso de Docentes - Listas Provisórias do Concurso Interno

Ontem, dando cumprimento aos prazos estabelecidos no Aviso de Abertura do Concurso de Docentes 2018, foram publicadas as listas provisórias de ordenação dos concursos Interno, Externo e Externo Extraordinário.

Socorrendo-nos do excelente trabalho sempre feito pelo Blog de ArLindo, deixamos aqui o link para as listas, no sítio da DGAE.


Fica aqui o primeiro quadro com os dados das listas provisórias do concurso interno.

Existem 15.127 candidaturas em primeira prioridade (docentes QA/QE)

Existem 14.628 candidaturas em segunda prioridade (docentes QZP)

Existem 2.592 candidaturas em terceira prioridade (mudanças de grupo)


Reclamação de 30 de Maio até às 18 horas do dia 6 de Junho.

E a nota informativa saiu no tal link que ao final da tarde tinha previsto.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Os pensamentos do Prof-Folio (1)



O professor medíocre conta. O bom professor explica. O professor superior demonstra. O grande professor inspira.

William A. Ward

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Os "tribunais" escolares... Serão justos?


Desculpem-me a banalidade: a escola não serve “só” para ensinar; serve, sobretudo, para educar. E educa-se com bons exemplos. Nunca se educa só com boas intenções, com bons conselhos ou bons regulamentos. E, no que diz respeito aos maus comportamentos dos alunos, é altura de separarmos o discurso sobre a indisciplina (e os meios como eles devem ser disciplinados) da própria "Lei". Ou seja, em muitos momentos, fala-se demasiado da disciplina e muito pouco da Lei . Ou, ainda doutro modo: sempre que falta Lei “carrega-se”na necessidade da disciplina. E a Lei numa escola (como, aliás, numa família) faz-se com sentido de Justiça, com equidade em relação aquilo que se exige (aos mais crescidos e aos mais miúdos), e com ponderação, sensatez, coerência e clareza nas medidas que se têm de tomar, sempre que for necessário. Com um pressuposto, no que diz respeito à escola: os professores são um bem precioso que não se pode não respeitar; as picardias e as bulhas são um património do crescimento mas os colegas são o contraditório com que se vai da obscuridade até à sabedoria; os auxiliares são, também, “agentes da autoridade”que exigem boa educação e comedimento; e o espaço e equipamento da escola serve para ser vivido e acarinhado.

Serve isto tudo para me insurgir contra o modo como a escola está a viver as medidas disciplinares em relação aos alunos. Deixem-me ser claro: eu entendo que faltar ao respeito à escola ou aos professores, por exemplo, (e, por maioria de razão, faltar ao respeito de forma repetida) é um atentado contra um bem sem o qual não se cresce. É um perigo, portanto. E precisa de medidas claras (e duras, se necessário), para que isso não se repita. Medidas claras e duras poderão não se traduzir em suspender um aluno por uma semana (mesmo que ele tenha oito anos, por exemplo; e estou a abordar exemplos reais). Até porque educá-lo para a necessidade indispensável da escola privando-o dela pode não ser muito razoável. Mas se é perigo, convenhamos, quem deve ser castigado: o aluno ou os pais do aluno? Separemos, por favor, as “palermices” episódicas de quem está a crescer dos actos graves e repetidos que alguns alunos protagonizam contra a escola, contra os professores ou contra os colegas. Não estará uma criança dessas em perigo? Não terão os pais (independentemente da sua “classe” social) responsabilidade pelos actos que os filhos cometem ? Não deveriam ser sinalizados por comissões de protecção por estarem a expor - por negligência, por exemplo - os filhos a perigos que eles próprios não ponderam e que só comprometem os seus direitos e as suas necessidades?

É bom que a escola tenha deixado de castigar um aluno irrequieto mandando-o, de castigo, para a biblioteca. Mas será que esta deriva, a que estamos a chegar, de transformar a escola num "tribunal" é prudente e educativa? Sejamos razoáveis: há alunos que são ouvidos sem a presença dos pais em “audiências” (sim, há quem lhes chame isso!) a propósito dum acto que tenham cometido, em que lhes é dado um documento com o seu depoimento, escrito por terceiros, para assinar, que ele assina (compreensivelmente) num impulso e que, a partir desse, momento, passará a responsabilizá-lo e o “incrimina”. É justo que se faça assim? Há alunos cujos maus comportamentos são sancionados com “trabalho cívico” (sim, há quem lhe chame assim) que se traduz em limparem o refeitório ou as casas de banho, em horários em que tudo isso se traduz numa imensa humilhação. Será que os maus comportamentos são revertidas à custa de medidas que são, elas mesmas, maus comportamentos? Há alunos cuja permanência numa turma é colocada a sufrágio junto dos colegas e, nalgumas circunstâncias, alguns destes colegas são instruídos ou condicionados por um professor (que, num acto irreflectido, certamente) compromete a própria escola. Será um “tribunal popular”um bom exemplo de Justiça? Há alunos que, depois de vitimizados por um professor, são coagidos ou são objecto de represálias e, num caso desses, estão professores a avaliar (com imparcialidade?) professores e alunos nos actos que tenham cometido. Pode um “tribunal” ser justo decidindo em causa própria? Há algumas destas “audiências” que funcionam como “tribunais sumários” e, por vezes, como “processos de intenção”. Será isso justo? Há uma ou outra pessoa com responsabilidades directivas que, em vez de processos, "resolvem" o mau comportamento de alguns alunos com umas palmadas. Será isso justo? E há processos destes cujas consequências, depois de se preencher um “comboio de documentos “que justifica um castigo exemplar, são sancionadas seis meses depois. A justiça deve funcionar assim? E sim, há alunos insolentes e violentos (serão uma imensa minoria, mas existem!), muitas vezes, todos juntos (e nem sempre de forma aleatória) numa turma, entregues a professores que são deixados ao abandono pelas direções das escolas que lhos confiam. Será isso justo para estes professores e para estes alunos?

Serei claro, outra vez. Os professores são um bem precioso! E, sim, a imensa maioria dos professores e das direções das escolas são pessoas sensatas, prudentes e sábias! E, sim, as atitudes graves dos alunos merecem sanções graves. As atitudes repetidamente graves merecem medidas ainda mais graves. E os maus comportamentos esporádicos, que firam as regras duma escola mas que não sejam consideradas graves, não podem merecer medidas graves. Acontece, contudo, que, muitas vezes, tudo isto se confunde. Se as medidas que não são graves merecem soluções expeditas, claras e equilibradas, por parte da escola, que castiguem um aluno; já as atitudes graves devem ser equiparadas a um perigo. Devem, portanto - a bem da escola, dos professores e dos alunos - deixar de ser avaliadas na escola e passar a ser instruídas por terceiros. Como uma comissão de protecção de crianças e de jovens auxiliada com o contraditório duma comissão de pais. De forma a comprometer os pais. De forma a proteger a escola e os professores. E a proteger os alunos. E, sancionando aquilo que deve ser sancionado, devem trazer o bom senso das regras onde parecia existir a deriva do mau comportamento. Doutro modo, não é com um regulamento do aluno e com “processos”, “audiências”e “medidas sancionatórias “, por vezes, injustas que se ensina a Justiça. E não é não protegendo direitos que se acentuam deveres e responsabilidades. Ou seja, os direitos dos alunos têm de ser protegidos. E o direito dos professores a serem só professores (e não tanto “juízes”, “técnicos de serviço social”, “psicólogos” e, sobretudo, "burocratas da educação") será um bem precioso e indispensável (!) para todos nós.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Tudo o que precisa saber sobre o Regulamento Geral de Proteção de Dados

O Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) entra em vigor já na próxima sexta-feira (25 de maio de 2018) e substitui a atual diretiva e lei de proteção de dados. Em Portugal, muitas empresas já procederam a algumas mudanças, mas a maioria ainda nem sabe muito por onde começar e o que fazer.
Do lado da Administração Pública foi aprovada em conselho de ministros uma proposta que pretende causar “o mínimo de perturbação institucional”. A proposta de lei determina que as coimas não se apliquem à Administração Pública durante 3 anos.Afinal o que precisa de fazer na sua empresa ou organização para estar em conformidade com o RGPD?


O que é o RGPD?

O Regulamento Geral de Proteção de Dados foi aprovado pela União Europeia, introduzindo um novo regime em matéria de proteção de dados pessoais. Foi criado para proteger o cidadão face ao tratamento de dados pessoais em larga escala por grandes empresas e serviços da sociedade de informação.

Para além do reforço da proteção jurídica dos direitos dos titulares dos dados, o RGPD define novas regras e procedimentos do ponto de vista tecnológico.

Este Regulamento substitui a Diretiva europeia sobre a proteção de dados (Diretiva 95/46/CE) estabelecida em 1995 e revoga as disposições incompatíveis do Código para a proteção de dados pessoais (Decreto Legislativo n.196/2003). O regulamento foi adotado a 27 de maio de 2016 com previsão de aplicação de dois anos, ou seja estará em pleno funcionamento na EU a 25 de maio de 2018.

Em Portugal, a Comissão Nacional de Proteção de Dados funcionará como um estilo de “ASAE” dos dados.

O que são dados pessoais?

Nome, morada, localização, informação de saúde, rendimento, perfil cultural, IPs de dispositivo, são alguns dos exemplos do que é considerado um dado pessoal. Se, na sua empresa, recolhe, armazena ou usa este tipo de dados então tem de cumprir as regras.

De referir que as regras definidas no RGPD aplicam-se a dados pessoais que podem estar em formato digital ou em papel.


Alteração das regras… porquê?

Na prática é tudo uma questão de confiança. A falta de confiança nas antigas regras de proteção de dados estava a influenciar a economia digital. Segundo dados, apenas 15% das pessoas sentem que têm controlo absoluto sobre as informações que fornecem na Internet.

As novas regras deverão aumentar a confiança dos consumidores e das empresas.

O que é que a sua empresa deve afinal fazer?

Comunicar – Utilizando linguagem simples, é preciso dizer aos seus clientes porque precisa dos dados. Diga-lhes porque efetua o tratamento dos dados, durante quanto tempo serão conservados e quem os irá receber. O cliente deverá ser informado de todos os seus direitos.

Consentimento – Obtenha o consentimento claro dos seus clientes para o tratamento dos dados. O consentimento tem de ser confirmado por uma declaração ou outro ato positivo inequívoco. Não se pode presumir o consentimento nem usar opções pré-selecionadas em sites. Se recolhe dados de menores deve também verificar o limite de idade para, se for o caso, obter o consentimento dos pais.


Apague os dados – Deverá conceder o «direito ao esquecimento» ou seja, apagar os dados pessoais das pessoas que o solicitem.

Marketing – Dê às pessoas o direito de optarem por não receber marketing direto que utilize os seus dados.

Direito à portabilidade: os seus clientes podem solicitar que as suas informações sejam transmitidas para outra organização ou para um concorrente.

Direito de oposição: as pessoas envolvidas podem solicitar que as suas informações não sejam objeto de certos processamentos ou usos.

Direito de acesso: os seus clientes têm o direito de conhecer todos os dados obtidos e qual o seu tipo de utilização.

Direito de retificação: os seus clientes podem solicitar que as suas informações sejam atualizadas ou corrigidas.

Proteção de dados sensíveis – Tenha salvaguardas extraordinárias para informações sobre saúde, raça, orientação sexual, religião e convicções políticas.

Notificação obrigatória de violação de dados – Os responsáveis pelo controlo de dados têm de notificar as autoridades de controlo locais – CNPD, em Portugal – até 72 horas após tomarem conhecimento do facto. Violações graves têm de ser notificadas às pessoas singulares.


Responsável pelos dados… precisa?

Verifique se precisa de um responsável pela proteção de dados (DPO – Data Protection Officer ou EPD – Encarregado de Proteção de Dados). Em termos de perfil é exigido que este tenha conhecimentos especializados em direito da proteção de dados. Pode ser um funcionário ou um prestador de serviços.

Nem sempre é obrigatório tudo depende do tipo e da quantidade de dados que recolhe, se o tratamento de dados é a sua atividade principal e se o faz em grande escala.

Proteger Dados – o que fazer?

  • Tentar que todos os dados e sistema estejam seguros. Não há nenhuma fórmula ou regra específica aqui, mas é necessário demonstrar que existe a preocupação e acção;
  • Garantir que os fornecedores de Serviços, Software, Sistema, estão conscientes do RGPD e ePrivacy e o cumprem;
  • Devem ser realizadas auditorias aos dados;
  • Dados devem estar alojados na Europa;
  • As seguranças físicas e digitais implementadas.


O custo do incumprimento… (multas)

A Regulamentação aprovada pelo Parlamento Europeu, disposta no nº 5 do artigo 83ª determina que as multas em casos menos graves podem atingir 10 milhões de euros ou 2% do volume total de negócios.

Alguns desses casos são:
  • Ausência de comunicação de violações de dados à autoridade nacional que rege esses dados, no caso, a CNPD;
  • Não cooperação com as autoridades.

Em casos mais graves podem atingir 20 milhões de euros ou 4% da faturação.

Alguns desses casos são:
  • Incumprimento das regras de consentimento;
  • Transferências internacionais de dados (se os dados dos clientes são transferidos para fora da União Europeia, sem qualquer conhecimento e/ou consentimento).

O Governo português decidiu ainda definir valores mínimos das coimas na proposta de lei aprovada em Conselho de Ministros, com valores específicos para pequenas e médias empresas (PME).

No caso de uma contra-ordenação grave, as coimas mínimas previstas são 1000€ para PME e 2500€ para grandes empresas. No caso de uma contra-ordenação muito grave, as coimas mínimas previstas são 2000€ para PME e 5000€ para grandes empresas. O valor da coima será estipulado pela CNPD.

Conclusões e alertas

O RGPD é sem dúvida um grande desafio para as empresas. A nova regulamentação define um conjunto de regras ao nível do tratamento e armazenamento de dados pessoais e irá trazer certamente vários custos para as empresas.

A par de todas as alterações que estão a acontecer, há também quem se esteja a aproveitar apresentando “soluções” “caríssimas”, que obrigam muita das vezes a contratos extensos… por isso estejam atentos.

Na Internet há muita informação sobre o tema, mas consultem a que é disponibilizada pelos organismos competentes, como por exemplo o site da CNPD onde poderão encontrar a legislação e informação de caráter geral. Em particular, consulte a publicação da CNPD, “10 medidas para preparar a aplicação do Regulamento Europeu de Proteção de Dados”.

O RGPD não foi feito para dificultar a vidas às empresas mas sim proteger os dados pessoais dos cidadãos…a segurança dos dados deverá ser, a partir de agora, uma prioridade.

Mais informações:

CNPD | e-goi | SAGE (infográficos)

terça-feira, 22 de maio de 2018

E agora? A ILC está já ali!


O trabalho de qualquer cidadão não pode, pura e simplesmente desaparecer. Ser negado. Ser desfalcado. Ser apagado dos registos como se nunca tivesse sido prestado, existido.
Para além de ser inconstitucional, é uma afronta aos direitos de quem trabalha e à liberdade individual e natural que assiste a cada um num estado democrático.
Assim, apelamos, novamente, a que, em consciência, façam o que consideram de direito. Uns minutos podem ser importantes na recuperação dos 9A 4M 2D que nos querem sonegar!
Aqui vos deixamos o link que vos guiará, passo a passo, para a execução da assinatura da Iniciativa Legislativa de Cidadãos (ILC), que pretende levar o assunto a discussão parlamentar:

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Farto dos serviços Google? 4 alternativas ao Google Fotos

O Google Fotos é um dos melhores e mais completos serviços de armazenamento de fotografias que existe atualmente. Oferece armazenamento ilimitado, edita fotos de forma automática e cria animações de forma automática, tem inteligência artificial que interpreta e cataloga as suas fotos, tem um editor integrado… entre muitas outras funcionalidades que o colocam no topo.
Mas há sempre quem procure alternativas e hoje damos-lhe a conhecer algumas.




Shoebox

Este serviço de armazenamento e organização de fotografias é ilimitado e além de permitir uma sincronização de fotos do smartphone, através de apps dedicadas para Android e iOS, ainda dispõe de uma aplicação para Windows e Mac, dando ao utilizador a vantagem de ter no PC todas as fotos captadas, sem ter que recorrer ao browser.


Tal como no Google Fotos, o serviço gratuito irá redimensionar as fotos, neste caso para 10 MP, a maior limitação é mesmo no upload de vídeo, que só permite backup de 15 minutos de vídeo em FullHD, a versão paga já não terá esta limitação.

Shoebox


Ever

Ever é um serviço bastante semelhante ao Shoebox que, além de ter aplicações disponíveis para Android e iOS, ainda tem para Mac e Windows. Além do utilizador ter todas as fotografias dos smartphones sincronizadas, ainda pode adicionar aquelas fotografias antigas, guardadas no disco do computador sem qualquer organização e aceder-lhes através do smartphone.


A vertente social e de partilha nas redes também está muito presente neste serviço. Depois, as fotografias são automaticamente catalogadas por tema ou localização, também cria imagens animadas como o Google Fotos e permite ao utilizador criar os seus próprios álbuns e animações.

Associado a este serviço, a Ever ainda comercializa álbuns digitais, para que possa materializar as suas fotografias.

Ever

Cluster

O grande destaque do Cluster vai para a partilha de álbuns privados com a família e amigos de uma forma mais controlada, sem que terceiros possam aceder às fotografias ou adicionar imagens.


É quase como uma rede social privada onde vai criar os seus grupos e partilhar as fotografias de forma direcionada. O serviço está disponível para Android e iOS e também através do browser.

Cluster


Slidebox

Organize your photos with a swipe! É este o slogan do serviço, onde a organização surge como palavra de ordem. Com um deslizar de dedo ou um toque no ecrã, o utilizador vai conseguir colocar rapidamente as suas fotos por álbuns diferentes e eliminar as que não quer guardar.


Além do armazenamento das imagens, esta app permite de forma rápida, comparar fotos, aquelas que se tiram em vários ângulos para depois escolher a melhor, e guardar as que interessam. Em caso de engano também é possível retroceder a ação.

Está disponível para Android e iOS.

Slidebox

sábado, 19 de maio de 2018

A Opinião do Prof-Folio: Viagem ao planeta Hara-Clin! (I)

Nestes últimos dias fomos "convidados" a fazer uma viagem ao planeta Hara-Clin!



Este Planeta fica muito distante da Terra. Foi uma viagem "sem ajudas de custo" e isto porque nesse Planeta existe dinheiro a rodos para distribuir por alguns setores, mas não há para a classe dos Professores. Para alguns, viajar, ainda que vivam no local de destino, têm direito a ajudas de custo pagas pelos contribuintes! Para outros não há dinheiro para pagar ajudas de custo nas deslocações que fazem no dia-a-dia, onde gastam combustível, pneus e vão com o carro à oficina, ao serviço da Escola Pública, mas há dinheiro para pagar a imensos motoristas e comprar carros de alta cilindrada para transportarem os governantes, e todos os titulares de cargos de chefia. Não há dinheiro para pagar aos membros do Secretariado, "Pivots" e classificadores de Provas de Aferição e Exames!

Naquele lugar distante houve Provas de Aferição de Expressões!

As Provas de Aferição foram decretadas pelo Governo daquele planeta, após ter extinguido os exames ao quarto ano, sob o argumento de que os alunos com aquela idade iriam ficar traumatizados. Ao invés desses exames, resolveram instituir novamente Provas de Aferição no segundo ano de escolaridade!

Será que as crianças dessa idade não iriam ficar traumatizadas?

As turmas das várias Escolas do Agrupamento de Escolas de Haracosul estavam "entusiasmadíssimas" com a chegada das provas de Expressões e "expetantes" para a realização da mesma. Como eram atividades que realizavam com frequência durante todo o ano letivo, para além de entusiasmadas estavam serenas!

Neste Agrupamento continua a funcionar a monodocência no 1º Ciclo, o que faz com que os professores titulares de turma andem sobrecarregados de trabalho. Para além das várias matérias curriculares que têm que lecionar para cumprir os Programas e as Metas estabelecidas, têm turmas enormes com muitos alunos com dificuldades de aprendizagem. A indisciplina e a má educação são também uma constante no dia-a-dia, reflexo da implementação da "Escola a Tempo Inteiro"!


Devido a esse sistema que já vigora há imensos anos, os alunos chegam ao fim do dia muito cansados, tal como os seus pais, que, por isso, não conseguem ter algum tempo para "cultivar" a vida em Família.

No entanto, no Agrupamento de Escolas de Haracosul, há uma Escola com boas condições de funcionamento, onde todos esses alunos poderiam ter aulas com turmas perfeitamente dimensionadas e com inúmeros recursos físicos e materiais, dos quais, todos esses alunos poderiam usufruir, permitindo assim que tivessem um desenvolvimento mais harmonioso e adequado à sua idade.

Para efetuar as provas com algumas turmas, umas de 24, 25 ou 26 alunos foram necessárias quase 3 h para a conclusão da prova de expressões artísticas de cada uma delas! Já as restantes turmas com número de alunos bem mais reduzidos, também o tempo previsto foi ultrapassado.

O governo de Hara-Clin quer aferir e não consegue prever o tempo necessário para a realização destas provas? Será possível que uma equipa que passou um ano inteiro a conceber estas provas, não conseguiu prever o descalabro em termos de realização das mesmas?

A implementação das Provas de Aferição nos segundos, quintos e oitavos anos de escolaridade obriga cada Agrupamento de Escolas daquele planeta a uma grande movimentação de meios e recursos humanos durante a atividade letiva.

O processo arrasta-se por um período que se inicia no dia 2 de maio e termina no dia 12 de junho, tendo em conta que a “avaliação das aprendizagens”, nas áreas com componente prática, Expressões Artísticas e Físico-Motoras, EV/ET, EF, EM e EV, se realiza no calendário escolar do planeta.

A nomeação de professores para a aplicação e classificação das Provas, bem como a preparação de material e espaços para a sua realização interfere no regular funcionamento das escolas e leva à perda de aulas previstas nos diferentes anos de escolaridade.

Os próprios Agrupamentos são afetados na sua liquidez financeira, nomeadamente na quantidade astronómica de papel gasto, compra de materiais, não sendo previsível qualquer verba adicional. Já as comunicações ficam, a maior parte delas a cargo dos Professores aplicadores, pivots e classificadores.

A forma como os resultados são dados a conhecer não permite a leitura e a apreensão fáceis das dificuldades a diagnosticar, pelo que não identifica as atuações desejáveis à melhoria do processo de ensino-aprendizagem.

Em Hara-Clin, a aplicação das referidas Provas de Aferição perturba a prossecução dos objetivos de aprendizagem e o funcionamento das escolas, pela interrupção das aulas dos outros anos de escolaridade e pela redução do período letivo previamente definido que nalguns é indispensável ao cumprimento de programas e metas curriculares.
A aplicação das provas de Aferição naquele planeta levanta ainda questões no que respeita à aferição dos resultados.

Será que são idênticas para todos os alunos que as realizam num determinado período?

Parece-nos que os alunos que as realizam no primeiro dia não estão em pé de igualdade com os que as realizam depois, simplesmente porque os primeiros desconheciam a versão da prova.

Além do exposto, a transmissão dos resultados das Provas de Aferição, a reflexão e suas conclusões representa para os docentes um trabalho longo e inglório nomeadamente pelo fato da comunicação dos resultados obtidos por aluno em cada prova ficar à responsabilidade dos Diretores dos Agrupamentos de Hara-Clin!

Os Professores Titulares de Turma e os Diretores de Turma, deverão comunicar os resultados obtidos individualmente a cada um dos Encarregados de Educação, no primeiro período do próximo ano letivo.

Deverá cada um dos Professores referidos, consultar os resultados de todos os seus alunos questão a questão, deverá identificar as dificuldades de cada um e tirar as conclusões no sentido de planificar a sua atuação para ano letivo que se irá iniciar, mas normalmente esses resultados só costumam estar disponíveis cerca de um mês depois de se iniciarem as aulas, o que, obviamente torna impraticável o referido anteriormente.

Para além disso e ao mesmo tempo, o Governo de Hara-Clin quer implementar nas suas Escolas e Agrupamentos a Flexibilização Curricular já no próximo ano letivo.

No Agrupamento de Escolas de Haracosul, devido à realização das Provas de Aferição, ainda não foi possível debater a Flexibilização Curricular, embora esse debate já tivesse sido prometido há muito.

Conclusão

A viagem ao planeta Hara-Clin leva-nos a concluir que a maioria, se não todos os docentes, manifesta discordância a todo este processo, sendo infrutífero para o processo ensino/aprendizagem dos alunos, prejudicial ao funcionamento das escolas e Agrupamentos, lesivo do trabalho dos professores.

É justo que nos questionemos quanto à insistência em manter um processo que não reconhece a sua eficácia no presente formato, nem contribui para a dignidade dos Professores e Alunos envolvidos.

António Craveiro

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Transformação Digital no Sistema Educativo

Trata-se de uma excelente notícia, à qual, nós professores e educadores ansiamos há muito tempo!
Um sistema que pretende acabar com aos “milhares de toneladas de papel impressos” que são usados diariamente pelas escolas foi ontem apresentado em Lisboa, no âmbito de um processo de modernização das escolas.

Finalmente vamos ter menos papéis no nosso dia-a-dia!


“Transformação Digital no Sistema Educativo” foi o tema que juntou hoje centenas de diretores escolares, professores e responsáveis governamentais no Centro de Congressos de Lisboa, onde foram apresentados vários projetos que já estão a ser implementados nas escolas.

O “Smart Doc's” é um desses projetos e pretende acabar com os processos administrativos em papel: além do fim de “milhares de toneladas de papel impressos”, este sistema representa uma poupança de tempo, já que deixam de circular documentos por correio, e de dinheiro, contou à Lusa Luis Farrajota, da direção do Instituto de Gestão Financeira da Educação (IGeFE).

Outra das novidades é a aplicação “Móvel Educação”, que começou a funcionar na segunda-feira e foi desenhada a pensar nas preocupações dos encarregados de educação e também dos diretores escolares.

“Imagine que um agregado familiar se muda de Lisboa para o Porto e tem de colocar os filhos numa nova escola. Até agora, os pais tinham grande dificuldade em fazê-lo porque desconheciam a rede escolar no Porto e essa será uma das vertentes da aplicação: a disponibilidade de informação e tipologia de oferta de ensino”, explicou Luís Farrajota.

Ao abrir a aplicação surgem as escolas mais próximas do local em que a pessoa se encontra e é possível obter dados tão variados como os níveis de ensino aí ministrados ou as notícias que foram saindo sobre determinado estabelecimento de ensino.

A aplicação serve também os diretores escolares, que passam a ter “informação em tempo real da sua execução orçamental, o que permite tomar as melhores opções em termos de gestão”, explicou aquele responsável.

Por exemplo, uma escola situada numa zona do país habitualmente muito fria no inverno pode optar por ligar os aquecedores das salas de aula, já que sabe em tempo real quanto é que essa medida lhe custa e assim garantir que chega ao final do ano sem um saldo negativo.

A aplicação “Preditions ME” é outro dos novos instrumentos de trabalho e define a fórmula de financiamento das escolas tendo em conta o seu contexto social e económico, tendo em conta as diversas tipologias de ensino, o que permite à IGeFE “fazer o controlo orçamental mensal e tomar as melhores decisões ao nível da consolidação do orçamento do Ministério da Educação”, acrescentou.

Para o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que acompanhou ontem estas apresentações, estas “novas ferramentas permitem a transparência e a responsabilidade do sistema educativo na interlocução com as crianças e jovens, e sobretudo, com as suas famílias”.

Em declarações à Lusa, Tiago Brandão Rodrigues sublinhou que estes processos são “uma nova forma de comunicar”, que representa “ganhos de eficiência e eficácia”.

A transformação do sistema analógico num sistema digital e a utilização das ferramentas digitais nas escolas foram apontadas pelo ministro como “ferramentas fundamentais para o sucesso”.

O ministro salientou ainda a importância de estas aplicações permitirem uma melhor “relação entre todas as estruturas do Ministério da Educação com cada uma das escolas” e entre os estabelecimentos de ensino e as famílias.

Outra das aplicações que já está em funcionamento é o “Escola 360”, que acompanha o aluno desde o momento em que entra no sistema de ensino até terminar o 12.º ano.

“São ferramentas que o Ministério da Educação tem vindo a desenvolver para que a relação entre as escolas e as famílias seja cada vez mais transparente e cada vez com mais responsabilidade”, sublinhou o ministro.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Candidaturas para o programa Escolas Digitais


Escolas Digitais é programa piloto em Portugal que nasceu em parceria com o projeto internacional financiado pelo programa europeu Erasmus+, Digital Schools of Europe, que levou a vários países Europeus o legado do programa Digital Schools of Distinction da República da Irlanda.

O programa visa melhorar a integração das ferramentas digitais no ensino, na organização escolar e na interação com a comunidade, promovendo o desenvolvimento da cultura escolar, como um todo, traçando um caminho personalizado para a excelência na utilização das TIC.

As escolas que se associem ao programa contam com um apoio personalizado para a transformação digital, através da utilização dos recursos "Questionário de autoavaliação" e "Roteiro para Escolas Digitais" que, em conjunto, permitirão às escolas compreender o seu estágio atual de evolução neste domínio, bem como as mudanças e procedimentos a adotar para se tornarem uma Escola Digital de Distinção.

Para mais esclarecimentos aceda a https://escolas-digitais.org/ ou envie mensagem para o endereço de correio eletrónico info@escolas-digitais.org.

terça-feira, 15 de maio de 2018

O Livro da Semana: Políticas e Políticos da Educação


Descrição

Coordenado pelos Professor Doutor João Ruivo e Dr. João Carrega, o livro reúne entrevistas a governantes e a líderes de opinião, que sobre a educação se pronunciaram, e que jornal Ensino Magazine publicou nos últimos doze anos, casos de Eduardo Marçal Grilo, Júlio Pedrosa, Pedro Lynce, Augusto Santos Silva, Maria de Lurdes Rodrigues, David Justino, Bagão Félix ou Mariano Gago, entre outros.

São pontos de vista que determinaram a agenda educativa e a história recente da educação em Portugal, pelo que constituem um repositório empírico incontornável e indispensável a todos quantos se interessam pela investigação em Ciências da Educação.

Mais pormenores em:

http://www.ensino.eu/loja-virtual/livros/livro-politicas-e-politicos-da-educacao.aspx

Consulta Pública - Aprendizagens Essenciais

Com o objetivo de envolver a comunidade educativa, em particular as escolas (através dos órgãos de coordenação e supervisão pedagógica e orientação educativa) e os seus docentes no processo de definição das Aprendizagens Essenciais, a Direção-Geral da Educação promove a consulta pública dos documentos relativos a cada disciplina, por ciclo, do ensino básico até ao dia 04 de junho.

Os contributos são apresentados através de formulário.
Prosseguindo o objetivo de construção participada dos documentos agora em consulta, e sem prejuízo de o questionário privilegiar uma análise dirigida ao saber curricular específico que distingue os docentes, prevê-se também a possibilidade de acesso por instituições ou entidades cujos contributos, pela natureza da sua intervenção, constituirão uma mais-valia neste processo.
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CONTEXTUALIZAÇÃO[1]
As Aprendizagens Essenciais (AE) são documentos de orientação curricular base na planificação, realização e avaliação do ensino e da aprendizagem, e visam promover o desenvolvimento das áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.
Tendo sido construídas a partir dos documentos curriculares existentes, que se mantêm em vigor, as AE são a base comum de referência, isto é, o denominador curricular comum para todos os alunos, nunca esgotando o que um aluno tem de aprender.
A componente do referencial curricular designada por Aprendizagens Essenciais expressa a tríade de elementos — conhecimentos, capacidades e atitudes — ao longo da progressão curricular, explicitando:
(a) o que os alunos devem saber (os conteúdos de conhecimento disciplinar estruturado, indispensáveis, articulados concetualmente, relevantes e significativos);
(b) os processos cognitivos que devem ativar para adquirir esse conhecimento (operações/ações necessárias para aprender);
(c) o saber fazer a ele associado (mostrar que aprendeu), numa dada disciplina — na sua especificidade e na articulação horizontal entre os conhecimentos de várias disciplinas —, num dado ano de escolaridade.
Tudo isto integrado no ciclo respetivo e olhado na sua continuidade e articulação vertical, ao longo da escolaridade obrigatória.
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Assim, devem os interessados apresentar os contributos respondendo através do formulárioque se apresenta organizado em três áreas estruturantes da conceção das AE:
· Introdução
· Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
§ Organizador/Domínio e AE: Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
§ AE: Ações estratégicas de ensino orientadas para o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e Descritores do Perfil dos Alunos
· Apreciação geral
 

Consulte aqui as APRENDIZAGENS ESSENCIAIS

Componentes do currículo
1. º Ciclo
2. º Ciclo
3. º Ciclo
1.º Ano
2.º Ano
3.º Ano
4.º Ano
5.º Ano
6.º Ano
7.º Ano
8.º Ano
9.º Ano
Português
Matemática
Estudo do Meio





Educação Artística
Artes Visuais





Expressão Dramática/Teatro





Dança





Música





Educação Física
Inglês



TIC




História e Geografia de Portugal







Ciências Naturais




Educação Visual




Educação Tecnológica







Educação Musical







Língua Estrangeira II
Alemão






Espanhol






Francês






História






Geografia






Físico-Química






          


Português Língua Não Materna

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