Foi publicada a Portaria nº 29/2018, de 23 de janeiro, que regulamenta o Artº 37º do Estatuto da Carreira Docente, relativo à progressão aos 5º e 7º escalões:
segunda-feira, 29 de janeiro de 2018
quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
terça-feira, 2 de janeiro de 2018
O Compliquês
Encontrei este texto no grupo "Professores" do Facebook, publicado pelo Carlos Santos, que achei deveras interessante e que espelha realmente os burocratas que, por força das circunstâncias, nos tornámos e que, com o aparecimento das novas tecnologias, de certa forma, se agudizou.
“Burocracia” – essa palavra que nos atemoriza os dias… e as noites.
Dizia-se que a informatização iria acabar com os papéis e simplificar tudo, mas o certo é que acabámos por nos ver perdidos num interminável e bolorento arquivo digital de documentos e pastas que vamos somando.
Juntar professores a computadores deu nisto! Do seu cruzamento, como se de um milagre da multiplicação se tratasse, começaram a nascer papéis e mais papéis, grelhas, tabelas, formulários e fichas, planos, parâmetros e subparâmetros, e um universo interminável de papelada que nos esmagou.
Soldámos alegremente cada elo da corrente que nos aprisionou a uma excessiva burocracia que nos rouba o tempo na escola e em casa daquilo que é mais importante e que cada vez fica mais secundarizado – lecionar e estar com os alunos; aproveitar o tempo livre e estar connosco, com a família e amigos (VIVER).
A utilização informática facilitou muitas coisas na vida dos professores, mas não soubemos aproveitá-la da melhor forma. Deslumbrámo-nos e acabámos por criar esse monstro devorador de horas a que carinhosamente chamo de “comliquês”, tornando-nos nós próprios os carcereiros da nossa liberdade.
Somámos a criatividade de muitas vezes acabar por ter muita documentação em duplicado, em digital e depois outra vez em papel (como “no antigamente”).
Às vezes um simples documento, recado ou anotação que noutros tempos seria feito manualmente no imediato, leva-nos a ficar tempos intermináveis à volta de um computador para o fazermos de forma mais pomposa, apenas porque não se quer que seja manuscrito.
As pessoas acabaram por se deslumbrar pela forma (que um documento com letra certinha apresenta) secundarizando o conteúdo e a funcionalidade. Afinal, cabe-nos a nós ter a capacidade de discernir quando o digital não é o mais rápido e funcional.
E a culpa deste “papelório” é das escolas e de todos nós.
O medo que nos assola já não é tanto daquilo que o ministério manda cá para fora, mas daquilo que os professores com isso irão fazer e no qual alguns são especialistas em pôr em prática – o milagre da multiplicação dos papéis.
Um conselho – tenham medo do colega sorridente que está mesmo ali ao vosso lado, porque pode ter essa capacidade rara de transformar pouco em muito… trabalho. Colegas que mal veem um novo documento emanado pelo ME, dizem logo que é preciso fazer 10 equipas, 100 reuniões e 1000 documentos.
O ministério é especialista em dizer “mata” e nós, em vez de dourarmos a pílula, dizemos logo “esfola”.
Desenganem-se os que acreditam que a origem de todos os nossos males vem só “lá de fora”, porque também temos sido vítimas dos nós cegos que nós próprios damos.
Já que tanto se fala da maldita Lurdinhas que foi o nosso maior pesadelo, não há quem se lembre na avaliação do desempenho do número de reuniões, de grelhas e parâmetros intermináveis que equipas de colegas nas escolas foram logo inventar?
Será que tornar tudo mais FÁCIL é assim tão DIFÍCIL?
Dizia-se que a informatização iria acabar com os papéis e simplificar tudo, mas o certo é que acabámos por nos ver perdidos num interminável e bolorento arquivo digital de documentos e pastas que vamos somando.
Juntar professores a computadores deu nisto! Do seu cruzamento, como se de um milagre da multiplicação se tratasse, começaram a nascer papéis e mais papéis, grelhas, tabelas, formulários e fichas, planos, parâmetros e subparâmetros, e um universo interminável de papelada que nos esmagou.
Soldámos alegremente cada elo da corrente que nos aprisionou a uma excessiva burocracia que nos rouba o tempo na escola e em casa daquilo que é mais importante e que cada vez fica mais secundarizado – lecionar e estar com os alunos; aproveitar o tempo livre e estar connosco, com a família e amigos (VIVER).
A utilização informática facilitou muitas coisas na vida dos professores, mas não soubemos aproveitá-la da melhor forma. Deslumbrámo-nos e acabámos por criar esse monstro devorador de horas a que carinhosamente chamo de “comliquês”, tornando-nos nós próprios os carcereiros da nossa liberdade.
Somámos a criatividade de muitas vezes acabar por ter muita documentação em duplicado, em digital e depois outra vez em papel (como “no antigamente”).
Às vezes um simples documento, recado ou anotação que noutros tempos seria feito manualmente no imediato, leva-nos a ficar tempos intermináveis à volta de um computador para o fazermos de forma mais pomposa, apenas porque não se quer que seja manuscrito.
As pessoas acabaram por se deslumbrar pela forma (que um documento com letra certinha apresenta) secundarizando o conteúdo e a funcionalidade. Afinal, cabe-nos a nós ter a capacidade de discernir quando o digital não é o mais rápido e funcional.
E a culpa deste “papelório” é das escolas e de todos nós.
O medo que nos assola já não é tanto daquilo que o ministério manda cá para fora, mas daquilo que os professores com isso irão fazer e no qual alguns são especialistas em pôr em prática – o milagre da multiplicação dos papéis.
Um conselho – tenham medo do colega sorridente que está mesmo ali ao vosso lado, porque pode ter essa capacidade rara de transformar pouco em muito… trabalho. Colegas que mal veem um novo documento emanado pelo ME, dizem logo que é preciso fazer 10 equipas, 100 reuniões e 1000 documentos.
O ministério é especialista em dizer “mata” e nós, em vez de dourarmos a pílula, dizemos logo “esfola”.
Desenganem-se os que acreditam que a origem de todos os nossos males vem só “lá de fora”, porque também temos sido vítimas dos nós cegos que nós próprios damos.
Já que tanto se fala da maldita Lurdinhas que foi o nosso maior pesadelo, não há quem se lembre na avaliação do desempenho do número de reuniões, de grelhas e parâmetros intermináveis que equipas de colegas nas escolas foram logo inventar?
Será que tornar tudo mais FÁCIL é assim tão DIFÍCIL?
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