quinta-feira, 20 de junho de 2013

Playlist: As 10 melhores canções de rock psicadélico

Vietname, televisão, movimentos de libertação, espaço, drogas e contracultura: estas foram as coordenadas que encaminharam Pink Floyd, Strawberry Alarm Clock (foto) e Byrds, entre outros.

Pink Floyd
"Set The Controls For The Heart of The Sun" (A Saucerful of Secrets, 1968)


Quando uma mistura de misticismo, drogas, culturas alternativas variadas e um certo fascínio pelo Oriente entrou pela música dentro, o resultado mediu-se por exercícios como este "Set The Controls For The Heart of The Sun", um tema com que os Pink Floyd pareciam querer levitar até aos confins do cosmos.



Jefferson Airplane
"White Rabbit" (Surrealistic Pillow, 1967)


Esta tem que ser uma das mais perfeitas canções de sempre: ritmo marcial, colorações levemente orientais e aquela voz que soa a uma mistura entre Nico e uma qualquer cantora cigana a explorar o lado alucinado de Alice no País das Maravilhas. Grace Slick e os Jefferson Airplane são expoentes claros do espírito psicadélico de São Francisco.



The Byrds
"Eight Miles High" (Fifth Dimension, 1966)


Segundo os "relatórios" oficiais, esta canção foi escrita por Gene Clark depois de uma viagem de avião em Inglaterra, em 1966. No entanto, a letra "Eight miles high/and when you touch down/you'll find that it's stranger than known" podia muito bem ser entendida como uma referência ao consumo de drogas.



Jimi Hendrix Experience
"Voodoo Chile" (Electric Ladyland, 1968)


A ideia de psicadelismo em Jimi Hendrix era bastante diferente da dos seus contemporâneos de São Francisco: para Hendrix, os blues já continham a semente necessária para a experimentação e por vezes, como neste tema, parecia que o guitarrista se perdia na própria electricidade debitada pela sua Stratocaster.



Love
"Alone Again Or" (Forever Changes, 1967)


Arthur Lee produziu Forever Changes, o terceiro álbum da brilhante discografia dos seus Love. E "Alone Again Or" é a faixa de abertura de um álbum que rende uma tremenda viagem. Com arranjos de cordas e uma trompete mariachi (que ajuda a explicar a versão que os Calexico fizeram deste tema), este é simplemente um belíssimo pedaço de música.



The Beatles
"I Am the Walrus" (Magical Mystery Tour, 1967)


A ideia de combinar diferentes canções numa única já tinha sido testada muito antes dos Radiohead fazerem Ok Computer. No caso dos Beatles, e deste tema em particular, foi-se mesmo mais longe: Lennon afirmou que os dois primeiros versos resultaram de duas trips de ácido diferentes... O resultado é, claro, profundamente experimental.



Rolling Stones
"She's Like A Rainbow" (Their Satanic Majesties Request, 1967)


Com o piano de Nicky Hopkins a soar como uma caixinha de música, inspiração directa do tema "She Comes In Colors", dos Love de Arthur Lee, e um arranjo de cordas assinado por John Paul Jones (à época músico de sessão, mais tarde dos Led Zeppelin), este é um enorme tema no cancioneiro de Jagger e companhia. No auge da cena Madchester, os World of Twist editaram uma versão bem fiel ao original.



Iron Butterfly
"In-a-gadda-da-vidda" (In-A-Gadda-Da-Vidda, 1968)


Os Iron Butterfly (melhor nome de sempre?) eram uma banda de SãoDiego que fez a ponte entre o psicadelismo e o hard-rock em finais dos anos 60. "In-A-Gadda-Da-Vidda" é provavelmente a sua obra-prima: uma orgia de electricidade de 17 minutos que preenche a totalidade do segundo lado do LP com o mesmo nome (uma corrupção de "In The Garden of Eden").



Strawberry Alarm Clock
"Incense and Peppermints" (Incense and Peppermints, 1967)


Os anos 60 são normalmente vistos como a década de todas as liberdades artísticas - mas a verdade é que até em plena era psicadélica havia editoras calculistas. Os Strawberry Alarm Clock, de Los Angeles, escreveram a música de "Incense and Peppermints" para ser um instrumental, mas a letra - propositadamente "out there" - foi imposta pela editora.



The Doors
"Light My Fire" (The Doors, 1967)


"Light My Fire", muito graças ao trabalho de Ray Manzarek no órgão, é um expoente do psicadelismo servido por uma letra que muito notoriamente causou controvérsia no Ed Sullivan Show. Ainda assim, tornou-se num standard de artistas "ligeiros" como Julie London, Trini Lopez, Nancy Sinatra ou, entre tantos outros, José Feliciano. Na década de 70 era aliás impossível passar pelo bar de qualquer hotel no mundo sem ouvir este tema...



Fonte: Blitz

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