quarta-feira, 19 de junho de 2013

Relatório PPP

Este texto, retirado do Aventar ilustra bem a categoria de alguns políticos que, infelizmente para nós, continuam a ter protagonismo.
Haja punição para os autores das governações desastrosas que originaram este imenso buraco onde nos atolaram!

Quem veio a terreiro contestar com marginalidades o argumentário do Relatório da Comissão das PPP, e logo com um sorriso cheio de dentes plantado no rosto, foi o deputado do PS, Rui Paulo Figueiredo. Mais uma relíquia do socratismo no respectivo grupo parlamentar. Para o improvisado porta-voz dos Governo Sócrates, que não do PS, os factos elencados pelo relatório pouco importam. A primeirinha coisa a fazer, antes de mais, foi politizá-los reduzindo-os à longa batalha politiqueira medíocre entre o danoso Partido Socialista e o desastrado PSD, faces da mesma moeda má do Regime. O que é que aflige e afadiga o risonho e anafado Rui Paulo Figueiredo?! Não é o facto de os contribuintes e o Estado Português estarem esmagados de compromissos e de dívidas à Banca que financiou as PPP, esmagados pelas obrigações do Estado aos concessionários protegidos por cláusulas leoninas. Isso é uma bagatela para o Ruizinho.

O que incomoda é que a Comissão de Inquérito das Parcerias Público-Privadas não tenha abortado as suas conclusões, mas tenha feito uma encenação, uma manobra de diversão para afastar a Opinião Pública da realidade e da actual governação troyko-europeia por interposto Governo-PSD-CDS-PP. Será uma encenação que paguemos de modo grotesco o que resultou da avidez obreira desmedida e comissionista dos Governos Sócrates, apesar do acidente que se desenhava a grande velocidade?! E por que razão não veio José António Seguro ele-mesmo [ou uma qualquer figura grada bem falante de segundo plano, e não de terceiro ou quarto, como o jovem turco Rui Paulo] defender as virtudes da dívida massiva resultante das derradeiras PPP do socratismo?! Conviria recordar ao rotundo Rui Paulo que o desastre de uma governação como a que porventura decorrerá é o desastre do País que é o resultado de anos de desastre pela Corrupção de Estado instituída, que é o desastre do eleitoralismo crasso do passado, que é o desastre de figuronas desastrosas como a pessoa inefável e pomposa do político José Sócrates, vicioso e tresloucado, no seu vácuo berlusconas-mugabeano, de seis anos da imagem pela imagem. Nem o mais competente governante poderia branquear as responsabilidades do Arco da Governação na pré-bancarrota de 2011, branquear os efeitos daninhos de quinze anos de socialismo, branquear os frutos amargos de décadas de Corrupção-de-Regime, estagnação económica, agonia financeira, declínio anímico, imoralidade política, submissão ao Plutossocialismo dos soares e dos salgados, queda de Portugal no vexatório mundial, sob vários pontos de vista.

A comissão das PPP acusa, e acusa bem, os responsáveis, não do PS, mas dos Governos-PS e eles têm nome, convém não diluir no vago aquilo que teve assinaturas e decisores, não em nome do Interesse Público e das Gerações Futuras, mas contra eles e em benefício de uma amálgama de gente, parte dela na sombra e à sombra, os Bancos do costume, os interesses habituais, transversais, BES-MotaEngil, como consta do documento. Não pode haver duas versões para a mesma desgraça: por que motivo Rui Paulo não tirou o sorrisinho dental de menino de bibe e não assumiu alguma coisa em nome dos Governos PS?! Por que motivo nunca encontramos o PS a assumir excessos, erros, abusos, a purgar-se da viciosa Corrupção-de-Regime?! Por que motivo nos acontece ouvir os rui-paulo-figueiredos, os zorrinhos, os joão-soares, os josé-junqueiros, as suas justificações e disparos, e ainda ficar a dever dinheiro e desculpas e mil-perdões ao PS, aos deputados do PS, aos dirigentes do sacrossanto PS?! É com esta Esquerda-que-não-se-Enxerga que Portugal pode contar para sair do buraco para onde foi atirado?! Nada menos ético que o PS passar o tempo a sacudir a água do capote e a refugiar-se em desculpas menores como as queixinhas pela divulgação do documento antes de ter chegado às papudas mãos dos deputados do único partido autorizado a governar em Portugal, o PS. Por que motivo o PS parece nunca não ter violado a Constituição, mas defraudou três vezes o País com bancarrotas, arruinando-o?! Por que motivo o PSD não pode violar a Constituição e a lei para tentar tirar-nos dos apertos actuais em que a outra gerência nos colocou?! Por que motivo o PS e o resto da Esquerda Pudica se mostram guardiões da Constituição no momento da aflição, mas não se lhes ouve pio no tempo do regabofe e do caminho em direcção à parede?!

Os Governos Sócrates foram a derradeira cortina de fumo, biombo de malfeitorias, a grande charla do Regime, à vista do grande espalhanço. Espero que o Ministério Público pegue nos factos, nas provas deste Relatório e faça qualquer coisa de inédito e até inesperado nesta Podridão Politiqueira em socorro da qual Rui Paulo é mais um, mais um a fugir com o rabo gorducho à seringa das evidências, boca risonha repleta de dentes desalinhados à revelia da nossa tragédia.

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