Eu pensei que ver um presidente chegar à televisão e dizer que, ao olhar para cima, vê que a Europa está apenas a seis pontos, deixaria qualquer um sem pinga de sangue.
Eu pensei que ver um presidente voltar a contradizer uma das suas máximas de campanha, transformando a garantia de títulos por uma vontade de, para o ano, jogarmos para estar no pódio, fizesse os mais pacientes cansarem-se das constantes mentiras.
Eu pensei que assistir ao discurso de um homem sem a mínima noção do que está a fazer, experimentando tudo o que pode para se agarrar ao lugar (alguém ficou com dúvidas que Vercauteren volta à Bélgica no final da época, e Jesualdo assume o comando da equipa principal?), fizesse os mais crentes perceberem que estamos nas mãos de alguém para quem o conceito de projecto significa “atirar uma pedrada para onde der mais jeito”.
Eu pensei que ouvir o presidente assumir que se gastaram rios de dinheiro em jogadores, maioria deles com os resultados que todos nos lembramos (Alberto Rodriguez, Luís Aguiar, Bojinov, Elias ou Jeffren, por exemplo), a pensar dispensá-los (bem desvalorizados e com os bolsos cheios de ordenados chorudos) assim que os putos da B estivessem prontos para ir sendo aposta regular, é ter um perfeito exemplo da falta de noção das condições económicas do clube.
Eu pensei que ouvir um presidente assumir o seu papel de chantagista, ameaçando que a fonte de receitas que pagam os ordenados secará assim que ele for posto a andar do poleiro, fosse motivo para qualquer Sportinguista decidir que lhe cospe na tromba se se cruzar com ele na rua.
Mas, não. Tudo isto faz sentido. Tudo isto é estratégia.
O futuro é, claramente, verde e branco!
Fonte: O Cacifo do Paulinho
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