Foi um grande momento, pois foi. À ponta de lança de verdade. Recebe, aguenta, coloca com propósito no colega, acompanha rumo à área, simula a ida ao segundo poste e arranca para antecipar-se ao central. Foi o melhor que conseguimos, numa primeira parte tacticamente disciplinada, com os laterais e os alas a apoiarem-se de forma acertada e o meio campo a obrigar ao desacerto adversário, com uma defesa a evitar grandes sobressaltos e um ponta de lança a lutar pela vida como um Leão. O problema é que, para além dos problemas de personalidade e da fragilidade mental, esta equipa tem pouco fôlego. E, sem oxigénio, foi impossível continuar a soprar o balão (que maravilhosas deve ter sido a estadia no sul de Espanha…). Percebeu-se isso nos últimos dez minutos da primeira parte. Confirmou-se ao longo da segunda. Sem que o timoneiro tivesse a capacidade para ler os acontecimentos.
Aliás, a noite de ontem pouco abonou a favor de Vercauteren, tão preso à sua pose de vilão de bd que não se mexia… para mexer na equipa. Uma equipa rebentada, incapaz de sair para a frente à excepção daquela cavalgada de Insua que terminou num remate ao poste. Uma equipa que, a dada altura, tinha em Rinaudo o único homem capaz de pressionar e de tentar alguma coisa (ele jogou na quinta, não jogou, Elias?), honrado a braçadeira que é sua por direito. Depois, depois aquele problema chamado defesa. Com o meio campo rebentado, viu-se, uma vez mais, o que valem estes centrais, nomeadamente em bolas cruzadas por alto.
Creio que nem vale a pena contestar a derrota. Fiquemo-nos pelos factos: nós, à 11ª jornada, estamos a 18 pontos do primeiro e quatro à frente do último. O que vale é que, segundo Godinho, isto resolve-se com duas vitórias seguidas.
Fonte: O Cacifo do Paulinho
Sem comentários:
Enviar um comentário