Claro que se pode pensar - com demasiada segurança! – que a classe politica há 40 anos era bem melhor que há 20. E não só cá, neste nosso País. Mas cá, é sem dúvida! E não são saudades de passado. Nem gosto do termo, como não gosto de Fado!
É uma questão de termos o cuidado de não perder a Memória – como tantos querem que o façamos – e ir olhando a História. Claro que a História destes últimos 40 anos ainda não está feita – adequadamente – e por muitos de nós foi vivida, logo não temos o distanciamento para o fazer. Mas convém não fazer “de conta” que vai tudo bem, e melhor não podia ser.
E os nossos políticos, todos, deveriam emigrar? Se calhar.
Estamos a constatar que fazem o lugar como melhor lhes convém, em vez de o lugar, os fazer a eles.
A ideia de missão não é de modo algum o que se pretende, isso é para Salvadores e tudo o que não queremos, é essa espécie. Mas a ideia de serviço pelo serviço, claro que devidamente remunerado é o que se exige. E nunca uma eternização – a qualquer custo e feitio – na política, pela política, pelo poder, pelo prestigio, que é o que bem fortemente está a acontecer nestes últimos 20 anos.
Quem entra na politica, fica-se pela politica. E estamos com uma geração de pessoas na politica que nada mais fizeram pela e com a vida que, não politica. E se calhar é pouco. Por certo a experiencia de vida fora da política deva ensinar “vida” e não está a acontecer. E torna-se assustador, como olhando para o panorama político vemos sempre os mesmos a rodar desde que andam de calções, e que circulam conforme lhes dá jeito ou o chefe permite, de deputado a ministro, deste a secretário de Estado, a diretor publico, a autarca e ainda para mais de terra em terra, eternamente! É pouco , é muito pouco, e é mau!
A qualidade passou a não ser uma necessidade. A permanência a qualquer custo é a única “coisa” que interessa com obediência ao chefe, do momento. E de repente rodam todos uns em torno dos outros – sempre os mesmos – e até dando passagem - entrada! – a familiares, e começa a não se entender o que está a acontecer.
E os políticos, estes, sempre os mesmos, não têm desemprego!
Logo, talvez esteja chegado o momento de todos, todos, emigrarem, todos os que estão no activo há 20 anos, em todos os Partidos/Movimentos, iriam embora, para a emigração – a experiência política talvez lhes desse abertura!! – e apareceria uma vaga nova, desligada da anterior com a ideia que não vão eternizar-se na política – como estes, os atuais – , não fazendo aventuras excessivas, ouvindo, ouvindo – mesmos discordando – alguns seniores/ senadores ou só velhadas/experientes – para não se inventar a roda, dado que já estamos no tempo do telemóvel! Com humildade, sem arrogância. Sem superioridade inconsistente!
Com cuidado, com respeito, com espaço, e sem ser uma eternização indispensável.
Talvez fosse um principio, para uma melhoria deste triste País!
Augusto Küttner
Fonte: A Educação do meu Umbigo
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