A confusão no PS aumentou profundamente!
Se bem se recordam foi Sérgio Sousa Pinto o primeiro a reclamar um congresso antecipado, pedido a que na altura ninguém ligou, porque apareceu embrulhado numa delirante declaração de que tal se devia ao facto de que "a ala situacionista-parlamentarista-pós-socialista enfrenta a ala oficialista-situacionista-ratista-neo-socialista e a nova sensibilidade europeista-situacionista-ex-socialista-anti-tabagista". Só que, depois de Sérgio Sousa Pinto, tanto Pedro Silva Pereira como Vieira da Silva apareceram em termos bastante mais sérios a reclamar um congresso antes das autárquicas. Uma vez que todos eles são socráticos, parece claro que se trata de uma estratégia concebida pelo exilado de Paris, provavelmente no jantar que teve recentemente em Lisboa.
A explicação da estratégia socrática é simples. Seguro, para ser Primeiro-Ministro, só precisa de chegar às autárquicas, que irão dar uma vitória esmagadora ao PS, uma vez que o eleitorado tenderá a punir o Governo pela quebra de compromissos eleitorais do Primeiro-Ministro e pela absoluta indiferença que tem demonstrado em relação aos sacrifícios que todos os dias exige aos portugueses. Depois da vitória nas autárquicas, ninguém conseguirá desalojar Seguro da liderança, pelo que só terá que esperar que o poder lhe caia nas mãos. No fundo, foi o mesmo que aconteceu com Durão Barroso, que toda a gente no PSD criticava, até ao momento em que venceu as autárquicas, sendo logo a seguir eleito Primeiro-Ministro. É por isso urgente para os apoiantes de Sócrates derrubar Seguro antes das autárquicas.
A urgência é ainda maior pelo facto de que a pessoa que este grupo escolheu para substituir Seguro, António Costa, está em sérios riscos de perder a Câmara de Lisboa. Quem aqui vive assiste perplexo a uma cidade com cada vez menos mobilidade, tendo primeiro o Terreiro do Paço ficado intransitável, a que se seguiu o Marquês de Pombal, onde se gastou uma fortuna apenas para infernizar a vida aos automobilistas. E o lixo acumula-se nas ruas, sendo que a Câmara, em vez de o recolher, prefere fazer uma campanha a pedir aos lisboetas para o guardarem em casa… Fernando Seara, sendo um mau candidato, é uma figura simpática, não ligada ao Governo, a quem os lisboetas podem aderir apenas para terminarem com o desastre da gestão de António Costa. Claro que o mesmo já tinha ensaiado a estratégia socrática de baixar os impostos em ano eleitoral para depois os subir no ano seguinte, mas a Assembleia Municipal não lhe permitiu essa estratégia, o que ainda mais o põe em risco nestas eleições.
Ora, António Costa sabe que a Câmara de Lisboa, se pode ser um trampolim para altos vôos, como aconteceu com Jorge Sampaio, também pode ser um desastre definitivo em caso de derrota. Veja-se o que aconteceu com Marcelo Rebelo de Sousa e João Soares, cuja carreira política nunca mais recuperou da derrota em Lisboa, estando hoje os mesmos limitados a discutir uma questão tão transcendente como se o primeiro telefonou ou não a Mário Soares. Se António Costa for derrotado em Lisboa, António José Seguro fará uma full house nas autárquicas. Não só ganhará o país, como se livrará definitivamente do seu maior rival no partido.
António José Seguro assiste hoje por isso a um cerco dentro do seu próprio partido. Em resposta limitou-se a perguntar inocentemente qual é a pressa em realizar o Congresso? Recebeu logo a resposta de outro socrático, José Lello, que assumiu estar o grupo mesmo cheio de pressa para o deitar abaixo. Conseguirá Seguro resistir a este ataque?
A explicação da estratégia socrática é simples. Seguro, para ser Primeiro-Ministro, só precisa de chegar às autárquicas, que irão dar uma vitória esmagadora ao PS, uma vez que o eleitorado tenderá a punir o Governo pela quebra de compromissos eleitorais do Primeiro-Ministro e pela absoluta indiferença que tem demonstrado em relação aos sacrifícios que todos os dias exige aos portugueses. Depois da vitória nas autárquicas, ninguém conseguirá desalojar Seguro da liderança, pelo que só terá que esperar que o poder lhe caia nas mãos. No fundo, foi o mesmo que aconteceu com Durão Barroso, que toda a gente no PSD criticava, até ao momento em que venceu as autárquicas, sendo logo a seguir eleito Primeiro-Ministro. É por isso urgente para os apoiantes de Sócrates derrubar Seguro antes das autárquicas.
A urgência é ainda maior pelo facto de que a pessoa que este grupo escolheu para substituir Seguro, António Costa, está em sérios riscos de perder a Câmara de Lisboa. Quem aqui vive assiste perplexo a uma cidade com cada vez menos mobilidade, tendo primeiro o Terreiro do Paço ficado intransitável, a que se seguiu o Marquês de Pombal, onde se gastou uma fortuna apenas para infernizar a vida aos automobilistas. E o lixo acumula-se nas ruas, sendo que a Câmara, em vez de o recolher, prefere fazer uma campanha a pedir aos lisboetas para o guardarem em casa… Fernando Seara, sendo um mau candidato, é uma figura simpática, não ligada ao Governo, a quem os lisboetas podem aderir apenas para terminarem com o desastre da gestão de António Costa. Claro que o mesmo já tinha ensaiado a estratégia socrática de baixar os impostos em ano eleitoral para depois os subir no ano seguinte, mas a Assembleia Municipal não lhe permitiu essa estratégia, o que ainda mais o põe em risco nestas eleições.
Ora, António Costa sabe que a Câmara de Lisboa, se pode ser um trampolim para altos vôos, como aconteceu com Jorge Sampaio, também pode ser um desastre definitivo em caso de derrota. Veja-se o que aconteceu com Marcelo Rebelo de Sousa e João Soares, cuja carreira política nunca mais recuperou da derrota em Lisboa, estando hoje os mesmos limitados a discutir uma questão tão transcendente como se o primeiro telefonou ou não a Mário Soares. Se António Costa for derrotado em Lisboa, António José Seguro fará uma full house nas autárquicas. Não só ganhará o país, como se livrará definitivamente do seu maior rival no partido.
António José Seguro assiste hoje por isso a um cerco dentro do seu próprio partido. Em resposta limitou-se a perguntar inocentemente qual é a pressa em realizar o Congresso? Recebeu logo a resposta de outro socrático, José Lello, que assumiu estar o grupo mesmo cheio de pressa para o deitar abaixo. Conseguirá Seguro resistir a este ataque?
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