terça-feira, 13 de março de 2018

Professores aceitam perder dinheiro para se reformarem mais cedo e o ME não aceita???

O ComRegras, do Alexandre Henriques fez uma sondagem relativa à ideia levantada pelo Luís Costa, do Quadro Negro, tendo os resultados sido os seguintes:


O resultado é perfeitamente esclarecedor, mas parece-me que, à semelhança da opinião dos meus colegas de blogosfera, penso que cada um é que poderia tomar essa decisão, ou seja, a ter havido, ou o assunto voltar à mesa das negociações, a situação terá que ser equacionada sempre como uma opção individual.

Pessoalmente não delego em ninguém (organizações sindicais) aquilo que é uma decisão pessoal.

Segundo as palavras de Mário Nogueira, nem isso o Ministério da Educação estará disposto a aceitar. Sinceramente não compreendo, havia legítimas expectativas, pois como todos sabemos, o crédito para a aposentação seria uma vantagem financeira significativa para o Ministério da Educação/Finanças.

O que se passou? Alguma coisa não bate certo… Quando havia sensações positivas de todos os lados, tudo ruiu, e é efetivamente muito estranho, mas mesmo muito estranho que o Ministério da Educação tenha ido para uma reunião para apresentar o mesmo que já tinha apresentado.

A sondagem realizada pelo ComRegras e conforme prometido foi enviada para a Secretária de Estado Alexandra Leitão, mostrou ao longo da semana que existe uma aceitação de cerca de 2/3 dos votantes para uma aposentação antecipada sem progressão na carreira. Se tivermos em consideração que o corpo docente está efetivamente envelhecido, não é de estranhar o resultado obtido.

Porém, uma solução destas nunca poderia ser uma solução transversal a todas as gerações de professores. Quem tem 35/40 anos, pode perfeitamente preferir uma recuperação salarial, pois ainda se encontra no 1º escalão da carreira, e o argumento “sei lá se estou vivo para me aposentar mais cedo” é tão legítimo como verdadeiro.

Deve por isso existir uma flexibilidade na eventual solução, que acredito que mais cedo ou mais tarde irá ver a luz do dia. Só assim os professores vão entender, pois as realidades e expectativas são diferentes e os professores não podem ser tratados como produtos em promoção…

O Ministério da Educação está em dívida para com os professores, convém sublinhar isto e repeti-lo até à exaustão, o Ministério da Educação está em dívida para com os professores. E se está em dívida, é muito estranho que se comporte como credor, imaginem o que seria os professores deverem alguma coisa ao Ministério da Educação… Acho por isso muito estranho o que se passou, até porque o próprio Ministério da Educação já assumiu que lhe agradava esta solução.

A greve que agora decorre tem toda a legitimidade e deve ser fortalecida se o que diz Mário Nogueira corresponde ao sentimento do Ministério da Educação. Acredito porém, que não estamos no fim e mantenho o otimismo, mas a luta deve dar uma mensagem clara. Isso é muito importante!!!

Haja bom senso e de ambas as partes…

Adaptado de ComRegras

1 comentário:

  1. Essa amostra é insuficiente para tirar qualquer tipo de conclusões.

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