Sting - My One and Only Love
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Quem pode ser o próximo Papa?...
Teremos um Papa do "Mundo Novo"? A regra das probabilidades diz que sim. E dois dos elegíveis falam português. CONHEÇA AQUI OS PRINCIPAIS CANDIDATOS:
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Estudantes à Saída do Secundário 2011/12
O Observatório de Trajetos dos Estudantes do Ensino Secundário (OTES) divulgou o estudo “Estudantes à Saída do Secundário – 2011/2012” com o objetivo de conhecer os percursos e vivências escolares dos estudantes daquele nível de ensino.
A informação recolhida e as análises agora apresentadas, contribuem para complementar a monitorização do sistema educativo à saída do ensino secundário.
Fonte: Ad Duo
Cinema Paraíso: Estreias da semana (Destaques)
The Last Stand
Detalhes
Ano: 2013
Género: Acção, Crime, Thriller
Realização: Jee-woon Kim
Intérpretes: Arnold Schwarzenegger, Eduardo Noriega, Forest Whitaker, Harry Dean Stanton
Sinopse
Após cair em desgraça em Los Angeles devido a uma operação fracassada, Ray Owens (Arnold Schwarzenegger) parte para o interior e assume a posição de xerife numa pequena cidade na fronteira dos Estados Unidos com o México. O que ele não esperava era que um poderoso homem das drogas, que escapou recentemente da prisão, quisesse cruzar a fronteira exatamente na cidade onde trabalha. Para enfrentá-lo, Ray precisa reunir todo o pessoal que tem à disposição.
Links
Após cair em desgraça em Los Angeles devido a uma operação fracassada, Ray Owens (Arnold Schwarzenegger) parte para o interior e assume a posição de xerife numa pequena cidade na fronteira dos Estados Unidos com o México. O que ele não esperava era que um poderoso homem das drogas, que escapou recentemente da prisão, quisesse cruzar a fronteira exatamente na cidade onde trabalha. Para enfrentá-lo, Ray precisa reunir todo o pessoal que tem à disposição.
Links
www.thelaststandfilm.com (site oficial)
www.imdb.com/title/tt1549920
Trailer
Agora fico Bem
Now Is Good
Detalhes
Ano: 2012
Género: Drama
Realização: Ol Parker
Intérpretes: Dakota Fanning, Olivia Williams, Jeremy Irvine
Sinopse
Tessa tem 17 anos e uma paixão pela vida. Quando lhe é diagnosticada uma doença terminal, Tessa decide utilizar cada momento da sua vida. Com a ajuda da sua amiga Zoey, cria uma lista daquilo que uma adolescente normal devia experimentar, incluindo perder a virgindade e tomar drogas, e começa a pô-la em prática.
Enquanto a sua família lida com o medo e a tristeza, cada um à sua maneira, Tessa explora um mundo totalmente novo, acabando por se apaixona-se por Adam, o seu novo vizinho, uma experiência que não estava na lista mas que acaba por ser a mais emocionante de todas.
Links
Tessa tem 17 anos e uma paixão pela vida. Quando lhe é diagnosticada uma doença terminal, Tessa decide utilizar cada momento da sua vida. Com a ajuda da sua amiga Zoey, cria uma lista daquilo que uma adolescente normal devia experimentar, incluindo perder a virgindade e tomar drogas, e começa a pô-la em prática.
Enquanto a sua família lida com o medo e a tristeza, cada um à sua maneira, Tessa explora um mundo totalmente novo, acabando por se apaixona-se por Adam, o seu novo vizinho, uma experiência que não estava na lista mas que acaba por ser a mais emocionante de todas.
Links
www.imdb.com/title/tt1937264
Trailer
Corações Perdidos
Welcome to the Rileys
Detalhes
Ano: 2010
Género: Drama
Realização: Jake Scott
Intérpretes: James Gandolfini, Kristen Stewart, Melissa Leo
Sinopse
Doug Riley (James Gandolfini “Os Sopranos”) é um homem cuja vida se encontra numa encruzilhada. Desde a trágica morte da sua filha adolescente que vive uma vida sem rumo, num desespero silencioso.
Durante uma viagem de trabalho a Nova Orleães, Doug conhece Mallory (Kristen Stewart, “Saga Twilight”), uma jovem fugitiva, impulsiva e revoltada, que vive uma vida pouco recomendável como strip. Motivado por sentimentos que ele próprio não compreende, Doug decide abandonar a sua antiga vida para salvar a desta jovem. Mas esta situação complica-se com a presença de Lois (Melissa Leo) a mulher de Doug, que libertando-se dos medos que a prenderam em casa durante anos, se junta a eles.
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Doug Riley (James Gandolfini “Os Sopranos”) é um homem cuja vida se encontra numa encruzilhada. Desde a trágica morte da sua filha adolescente que vive uma vida sem rumo, num desespero silencioso.
Durante uma viagem de trabalho a Nova Orleães, Doug conhece Mallory (Kristen Stewart, “Saga Twilight”), uma jovem fugitiva, impulsiva e revoltada, que vive uma vida pouco recomendável como strip. Motivado por sentimentos que ele próprio não compreende, Doug decide abandonar a sua antiga vida para salvar a desta jovem. Mas esta situação complica-se com a presença de Lois (Melissa Leo) a mulher de Doug, que libertando-se dos medos que a prenderam em casa durante anos, se junta a eles.
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50.000 visitas!...
Obrigado!
A partir desta marca aumentam as responsabilidades! Esperamos corresponder, e se possível exeder as expectativas criadas!
Aceitamos críticas e sugestões para melhorar este blog.
Declarações... avulsas...
"Seria um excesso do Estado proibir um jovem de 17 anos de beber uma imperial!.
Luis Marques Guedes, Secretário de Estado do Conselho de Ministros, Correio da Manhã
Links interessantes... Portugal em Fotos
Portugal visto em fotos organizadas por distrito e concelho. Os utilizadores registados podem inserir fotos de interesse turístico nacional e podem depois navegar pelos vários distritos e concelhos e ver as várias fotos neles inseridas.
Fonte: 1 site por dia
Conhecer a fundo o perfil do Facebook
Os portugueses gastam em média 88 minutos por dia nas redes sociais, colocando e vendo posts e fotografias, notícias e comentários de amigos e colegas. Mas a análise desta atividade permitida pelo Facebook é escassa.
O site Wolfram Alpha tem-se especializado em analisar informação e o Facebook é um dos alvos de estudo, face ao volume de dados existentes na rede social.
Depois de ter lançado uma primeira beta de um sistema de análise a perfis pessoais foi agora divulgado o primeiro upgrade para o Personal Analytics, onde se alarga o tipo de informação e a forma como ela é tratada para dar mais perspetivas multidimensionais ao utilizador.
Vale muito a pena fazer uma visita ao seu perfil do Facebook através da lente do Personal Analytics, mas já sabe que tem de dar acesso à sua conta e à sua password...
Fonte: Sapo Tek
Neste dia... em video!...
Descoberta a estrutura da molécula de ADN.
Fundado o Sport Lisboa e Benfica.
O álbum "Thriller", de Michael Jackson, recebeu oito prémios Grammy.
Nasceram Vincente Minelli, Frank Gehry, António Livramento, Paul Krugman, Rui Reininho e Paulo Futre. A orquestra de Ted Lewis gravou "On The Sunny Side of The Street".
Bom dia...
Uma engenheira de informática estava a ajudar um colega da empresa a configurar o computador e perguntou-lhe que password ele queria utilizar.
O homem, tentando atrapalhá-la, disse:
- Pénis.
Ela, sem dizer uma palavra, sem se rir ou dar parte de fraca, introduziu a password.
Mas não conseguiu resistir e quase que morria de riso quando o computador deu a resposta:
"Password refeitada: Não tem tamanho suficiente"
O homem, tentando atrapalhá-la, disse:
- Pénis.
Ela, sem dizer uma palavra, sem se rir ou dar parte de fraca, introduziu a password.
Mas não conseguiu resistir e quase que morria de riso quando o computador deu a resposta:
"Password refeitada: Não tem tamanho suficiente"
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Prós e Contras
ORDEM PARA CORTAR
Programa de dia 24 de fevereiro 2013
Mal-estar nas Forças Armadas.
Menos no pessoal, mais na operação.
O Governo prepara-se para mexer na organização das forças militares.
Sem acordo à vista, os militares na reserva alertam para os riscos.
Que reformas?
1ª parte
2ª parte
A banalização da Grândola
Esta moda de interromper os ministros ao som do Grândola Vila Morena já começou a ter o efeito inverso ao pretendido e, mais grave, está a levar à banalização e ridicularização de uma música que corre o risco de deixar de nos arrepiar de cada vez que se faz ouvir, pelo simbolismo que acarreta (ou acarretava, vá)!
Cantar a Grândola Vila Morena no Parlamento, quando Passos Coelho falava, foi uma das contestações mais inteligentes e bonitas a que assisti na nossa democracia. Foi um acto pensado e executado para um determinado dia, mas acabou por ter um efeito contagiante, o que até poderia ter sido positivo, caso não se tivesse banalizado. Os rostos da actual crise não são todos os ministros do Executivo, não são todos os dirigentes do PSD ou do CDS, não são todas as pessoas que votaram neste Governo. Os alvos devem ser bem definidos e os tiros têm de ser certeiros, para que as coisas funcionem.
O que se está a passar, com a Grândola cantada nas escolas quando os putos querem reclamar da falta de condições numa casa de banho, com a Grândola cantada por funcionários de uma fábrica que não concordam com a política de horas extraordinárias ou com a Grândola cantada de cada vez que qualquer ministro sai à rua só está a contribuir para que uma canção que simboliza a conquista da Liberdade num ponto de viragem para a democracia se torne numa anedota. E isso não devia acontecer nunca.
Outra coisa que é importante que se perceba: a Grândola Vila Morena não é património da Esquerda. É património cultural do País. Todos os que são pela Liberdade têm o direito de a sentir como sua. Numa conjuntura em que muitas vezes o discernimento parece tolhido é preciso recordar a muita gente que a esmagadora maioria das pessoas que votam PSD e CDS são favoráveis a Abril, são favoráveis à Liberdade e à democracia. Não é por alguém votar no PCP ou no Bloco de Esquerda que é mais democrata do que qualquer outra pessoa. E esta confusão, muitas vezes, não está clara na cabeça de muita gente.
Cantar a Grândola Vila Morena no Parlamento, quando Passos Coelho falava, foi uma das contestações mais inteligentes e bonitas a que assisti na nossa democracia. Foi um acto pensado e executado para um determinado dia, mas acabou por ter um efeito contagiante, o que até poderia ter sido positivo, caso não se tivesse banalizado. Os rostos da actual crise não são todos os ministros do Executivo, não são todos os dirigentes do PSD ou do CDS, não são todas as pessoas que votaram neste Governo. Os alvos devem ser bem definidos e os tiros têm de ser certeiros, para que as coisas funcionem.
O que se está a passar, com a Grândola cantada nas escolas quando os putos querem reclamar da falta de condições numa casa de banho, com a Grândola cantada por funcionários de uma fábrica que não concordam com a política de horas extraordinárias ou com a Grândola cantada de cada vez que qualquer ministro sai à rua só está a contribuir para que uma canção que simboliza a conquista da Liberdade num ponto de viragem para a democracia se torne numa anedota. E isso não devia acontecer nunca.
Outra coisa que é importante que se perceba: a Grândola Vila Morena não é património da Esquerda. É património cultural do País. Todos os que são pela Liberdade têm o direito de a sentir como sua. Numa conjuntura em que muitas vezes o discernimento parece tolhido é preciso recordar a muita gente que a esmagadora maioria das pessoas que votam PSD e CDS são favoráveis a Abril, são favoráveis à Liberdade e à democracia. Não é por alguém votar no PCP ou no Bloco de Esquerda que é mais democrata do que qualquer outra pessoa. E esta confusão, muitas vezes, não está clara na cabeça de muita gente.
Fonte: O Arrumadinho
Declarações... avulsas...
«A questão do Izmailov é uma questão de honestidade, ou se calhar eu não soube tirar tudo dele…”, começou por responder, prosseguindo no mesmo tom irónico: “Olhando à intensidade com que ele joga hoje, alguém estava mal. Ou o departamento médico, ou o departamento técnico ou então o profissionalismo dele.»
Domingos, in O Jogo, reproduzindo declarações proferidas no programa Grande Área, da RTP
Neste dia... em video!...
Fim da I guerra do Golfo.
Descoberta a sacarina.
A Presidência de Portugal nega o pedido de independência da Madeira feito por Muhammar Kadhafi.
Afonso de Albuquerque conquista o governo de Goa.
Nasceu o Bayern FC. Nasceram Constantino I, John Steinbeck, Lawrence Durrell, Ariel Sharon, Elizabeth Taylor, Baptista Bastos.
Norah Jones canta "Sunrise".
Nasceu o Bayern FC. Nasceram Constantino I, John Steinbeck, Lawrence Durrell, Ariel Sharon, Elizabeth Taylor, Baptista Bastos.
Norah Jones canta "Sunrise".
Fonte: Sapo Videos
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Neste dia... em video!...
Foi assinada a declaração final da Conferência de Berlim.
Napoleão Bonaparte evadiu-se da ilha de Elba.
O congresso americano estabeleceu o Parque Nacional do Grand Canyon, no Arizona.
Nasceram Victor Hugo, Levi Strauss, Johnny Cash, Paulo Pires.
Phill Collins recebeu um grammy por "Against all odds".
Citando...
Tudo renegarei menos o afecto,
e trago um ceptro e uma coroa,
o primeiro de ferro, a segunda de urze,
para ser o rei efémero
desse amor único e breve
que se dilui em partidas
e se fragmenta em perguntas
iguais às das amantes
que a claridade atordoa e converte.
Deixa-me reinar em ti
o tempo apenas de um relâmpago
a incendiar a erva seca dos cumes.
E se tiver que montar guarda,
que seja em redor do teu sono,
num êxtase de lábios sobre a relva,
num delírio de beijos sobre o ventre,
num assombro de dedos sob a roupa.
Eu estava morto e não sabia, sabes,
que há um tempo dentro deste tempo
para renascermos com os corais
e sermos eternos na sofreguidão de um instante.
e trago um ceptro e uma coroa,
o primeiro de ferro, a segunda de urze,
para ser o rei efémero
desse amor único e breve
que se dilui em partidas
e se fragmenta em perguntas
iguais às das amantes
que a claridade atordoa e converte.
Deixa-me reinar em ti
o tempo apenas de um relâmpago
a incendiar a erva seca dos cumes.
E se tiver que montar guarda,
que seja em redor do teu sono,
num êxtase de lábios sobre a relva,
num delírio de beijos sobre o ventre,
num assombro de dedos sob a roupa.
Eu estava morto e não sabia, sabes,
que há um tempo dentro deste tempo
para renascermos com os corais
e sermos eternos na sofreguidão de um instante.
José Jorge Letria, in "Variantes do Oiro"
Futebol: Ligas da Europa
West Ham United 2-3 Tottenham Hotspur
Manchester City 2-0 Chelsea
Queens Park Rangers 0-2 Manchester United
Atletico Madrid 1-0 Espanyol
Barcelona 2-1 Sevilla
Deportivo La Coruna 1-2 Real Madrid
Inter 1-1 AC Milan
Juventus 3-0 Siena
Cagliari 4-3 Torino
Borussia Monchengladbach 1-1 Borussia Dortmund
Bayern Munich 6-1 Werder Bremen
Hannover 5-1 Hamburger SV
Paris Saint-Germain 2-0 Marseille
Lyon 3-1 Lorient
Bordeaux 0-2 Brest
Estoril 3-1 Sporting
Benfica 3-0 Paços Ferreira
FC Porto 2-1 Rio Ave
Sp. Braga 3-2 Guimarães
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A Ignorância da História
Diz Camilo Lourenço, que se apresenta como “jornalista e comentador”, que “a economia não precisa de professores de história e que há desemprego porque os jovens têm um canudo que não serve para nada”.
Começo por dizer que Camilo Lourenço tem razão numa coisa, a economia, esta economia, não precisa de historiadores ou professores de história. Ela precisa de lucros, rendas fixas, competitividade, baixos custos laborais e de preferência de produzir meios de destruição que não tenham que passar pelas agruras do mercado. Por exemplo, uma forma rápida era transformar a auto Europa numa fábrica de tanques e os desempregados em soldados e o PIB crescia 7%, 10, 13% ao ano. Foi assim que o mundo saiu da crise de 29 para os gloriosos 30 anos de ouro na Europa. Ensinam os historiadores.
A economia não existe enquanto entidade supra-humana, espiritual, a economia é a ciência das escolhas humanas de como, quando, para quem se produz. A economia de Camilo Lourenço é a economia que determina que Portugal é o único país do mundo cuja espécie maioritária é não autóctone – o eucalipto – apesar de importarmos comida; a economia de Camilo Lourenço é a economia em que os professores têm pouca formação, nomeadamente pouca formação universitária porque as contas do ministério da educação são desviadas para negócios imobiliários e tecnológicos (Parque Escolar, quadros interactivos, Magalhães) e não para formar professores de qualidade, que nos faltam e muito.
Hoje abrimos a televisão, meio de comunicação por excelência, e não sabemos quanto desempregados jovens existem em números reais, em quê, quanto licenciados em história estão desempregados, o que estão a fazer, qual a média salarial de um licenciado em história e de um licenciado em gestão, o que a jusante produzem, quantos emigraram. Não ouvimos, naquela peça de televisão, professores de história, reitores de universidade onde há cursos de história, licenciados em história a exercer profissão ou desempregados, historiadores ou sociólogos do trabalho, estudiosos da relação entre formação da mão de obra e mercado de trabalho, mas levamos, como um soco, em horário nobre, com o silêncio dos pivôs, com afirmações como esta, de Camilo Lourenço, de que “a economia não precisa deles”.
A culpa está longe de ser deste ou daquele comentador e sim das direcções da informação – a começar pela informação pública -, onde a aparência vale tudo, a essência nada. Onde os jornalistas (quantos deles licenciados em história ou seus amantes) foram colocados na prateleira e despedidos e substituídos cirurgicamente por pivôs; onde a reportagem e a investigação deram lugar aos condensados de agências noticiosas. Hoje, um jornal tem meia dúzia de resumos com erros ortográficos de agências noticiosas, e o resto é dedicado a comentadores e artigos de opinião. Não se chegou aqui só por uma questão ideológica, de aversão ao contraditório, mas porque o comentador é muito mais barato para a economia, para esta economia, cujo fim é prestar lucro e não um serviço (neste caso de informação).
Um jornalista para fazer uma boa peça de informação precisa de investigar, indagar, procurar o contraditório, provavelmente deslocar-se aos locais, ouvir as pessoas, trabalhar em equipa. Precisa de ter dedicado muito tempo a ler história, romances, economia, sociologia, antropologia, compreender a sociedade, antes de chegar ao local. Porque se o visto e o acontecido fossem idênticos, dito de outra forma, a aparência e a essência, a ciência não era necessária.
O comentador é o tipo que fala bem, simples, desce à consciência média do cidadão médio – por norma medíocre – e o conteúdo não é escrutinado por ninguém. Ao contrário de países onde ainda vigora o comentário académico – sem dúvida com ideologia -, por exemplo, na Alemanha, onde se alguém fala sobre o Afeganistão é porque no mínimo é professor de ciência política sobre o Afeganistão que investigou ao longo de mais de uma dezena de anos, em Portugal o comentador fala sobre tudo. É, numa frase batida, o tipo que sabe pouco de muito.
O comentador é uma profissão que só existe, que eu saiba, em Portugal e em países mais periféricos (na Europa de leste por exemplo), onde a pressão social por boa informação é mais escassa. Basta ler o El País ou o Le Monde ou ver a Euronews para compreender que viés ideológico todos os órgãos de comunicação têm mas há uns, estes que cito, onde a informação ainda tem espaço. Cá desapareceu e foi subterrada pela opinião, cujo operário é o comentador, na maioria dos casos mal pago ou gratuito, uma vez que a recompensa vem a montante, das agências de fomento, de comunicação, dos livros que vende, dos cargos que espera almejar.
Tenho para mim que as pessoas devem tirar os cursos que gostam simplesmente por uma questão de prazer e saber, creio no valor do conhecimento de per si e na possibilidade de agregar este (o prazer do trabalho) às necessidades de uma sociedade – o prazer do saber, entra facilmente na minha noção de cultura e educação. Acredito até numa sociedade em que se aprende música mas não se toca, se dedica tempo a ler romances sem vender livros, a namorar sem casar e correr na praia sem fazer anúncios à Nike.
Começo por dizer que Camilo Lourenço tem razão numa coisa, a economia, esta economia, não precisa de historiadores ou professores de história. Ela precisa de lucros, rendas fixas, competitividade, baixos custos laborais e de preferência de produzir meios de destruição que não tenham que passar pelas agruras do mercado. Por exemplo, uma forma rápida era transformar a auto Europa numa fábrica de tanques e os desempregados em soldados e o PIB crescia 7%, 10, 13% ao ano. Foi assim que o mundo saiu da crise de 29 para os gloriosos 30 anos de ouro na Europa. Ensinam os historiadores.
A economia não existe enquanto entidade supra-humana, espiritual, a economia é a ciência das escolhas humanas de como, quando, para quem se produz. A economia de Camilo Lourenço é a economia que determina que Portugal é o único país do mundo cuja espécie maioritária é não autóctone – o eucalipto – apesar de importarmos comida; a economia de Camilo Lourenço é a economia em que os professores têm pouca formação, nomeadamente pouca formação universitária porque as contas do ministério da educação são desviadas para negócios imobiliários e tecnológicos (Parque Escolar, quadros interactivos, Magalhães) e não para formar professores de qualidade, que nos faltam e muito.
Hoje abrimos a televisão, meio de comunicação por excelência, e não sabemos quanto desempregados jovens existem em números reais, em quê, quanto licenciados em história estão desempregados, o que estão a fazer, qual a média salarial de um licenciado em história e de um licenciado em gestão, o que a jusante produzem, quantos emigraram. Não ouvimos, naquela peça de televisão, professores de história, reitores de universidade onde há cursos de história, licenciados em história a exercer profissão ou desempregados, historiadores ou sociólogos do trabalho, estudiosos da relação entre formação da mão de obra e mercado de trabalho, mas levamos, como um soco, em horário nobre, com o silêncio dos pivôs, com afirmações como esta, de Camilo Lourenço, de que “a economia não precisa deles”.
A culpa está longe de ser deste ou daquele comentador e sim das direcções da informação – a começar pela informação pública -, onde a aparência vale tudo, a essência nada. Onde os jornalistas (quantos deles licenciados em história ou seus amantes) foram colocados na prateleira e despedidos e substituídos cirurgicamente por pivôs; onde a reportagem e a investigação deram lugar aos condensados de agências noticiosas. Hoje, um jornal tem meia dúzia de resumos com erros ortográficos de agências noticiosas, e o resto é dedicado a comentadores e artigos de opinião. Não se chegou aqui só por uma questão ideológica, de aversão ao contraditório, mas porque o comentador é muito mais barato para a economia, para esta economia, cujo fim é prestar lucro e não um serviço (neste caso de informação).
Um jornalista para fazer uma boa peça de informação precisa de investigar, indagar, procurar o contraditório, provavelmente deslocar-se aos locais, ouvir as pessoas, trabalhar em equipa. Precisa de ter dedicado muito tempo a ler história, romances, economia, sociologia, antropologia, compreender a sociedade, antes de chegar ao local. Porque se o visto e o acontecido fossem idênticos, dito de outra forma, a aparência e a essência, a ciência não era necessária.
O comentador é o tipo que fala bem, simples, desce à consciência média do cidadão médio – por norma medíocre – e o conteúdo não é escrutinado por ninguém. Ao contrário de países onde ainda vigora o comentário académico – sem dúvida com ideologia -, por exemplo, na Alemanha, onde se alguém fala sobre o Afeganistão é porque no mínimo é professor de ciência política sobre o Afeganistão que investigou ao longo de mais de uma dezena de anos, em Portugal o comentador fala sobre tudo. É, numa frase batida, o tipo que sabe pouco de muito.
O comentador é uma profissão que só existe, que eu saiba, em Portugal e em países mais periféricos (na Europa de leste por exemplo), onde a pressão social por boa informação é mais escassa. Basta ler o El País ou o Le Monde ou ver a Euronews para compreender que viés ideológico todos os órgãos de comunicação têm mas há uns, estes que cito, onde a informação ainda tem espaço. Cá desapareceu e foi subterrada pela opinião, cujo operário é o comentador, na maioria dos casos mal pago ou gratuito, uma vez que a recompensa vem a montante, das agências de fomento, de comunicação, dos livros que vende, dos cargos que espera almejar.
Tenho para mim que as pessoas devem tirar os cursos que gostam simplesmente por uma questão de prazer e saber, creio no valor do conhecimento de per si e na possibilidade de agregar este (o prazer do trabalho) às necessidades de uma sociedade – o prazer do saber, entra facilmente na minha noção de cultura e educação. Acredito até numa sociedade em que se aprende música mas não se toca, se dedica tempo a ler romances sem vender livros, a namorar sem casar e correr na praia sem fazer anúncios à Nike.
Fonte: Cinco Dias
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